Alter do Chão: uma forma de fazer turismo regenerativo no Pará

A 40 quilômetros de Santarém, no Pará, há uma vila formada por cerca de 800 famílias que tem atraído turistas que buscam uma experiência de conexão única com a natureza. Trata-se de Alter do Chão, a antiga Aldeia dos Boraris.

Alter do Chão é costeada pelo rio Tapajós, de águas mornas e claras, e rodeada de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. O local ganhou maior popularidade após ser eleito pelo jornal britânico The Guardian como um dos destinos de praia mais belos do Brasil.

Visitar Alter do Chão é uma experiência única que exige preparação. Você está pronto para desacelerar totalmente o seu ritmo de vida por alguns dias e aproveitar cada minuto para contemplar o que a natureza oferece de melhor?

A seguir saiba tudo sobre esse destino e o turismo regenerativo que ele propõe.

O que é turismo regenerativo?

Turismo regenerativo ainda é um conceito em expansão no Brasil. Ele está ligado ao turismo sustentável e turismo responsável, mas vai além. 

A proposta é de que os lugares que receberão turistas permitam uma transformação enriquecedora para todos: visitantes, moradores, comerciantes e meio ambiente. O foco é a totalidade, a relação com eu mesmo, com o outro e com a terra.

Foto: Tiago Silveira – MTUR

Diferente de lugares que se adaptam para receber pessoas de fora, no turismo regenerativo, a proposta é de que a vida no lugar visitado permaneça exatamente como está, e é justamente isso o que atrai as pessoas.

O visitante precisa estar disposto a imergir na cultura e no ritmo do povo local, interferindo o mínimo possível no seu ambiente. E mais: pode interagir com a comunidade e até contribuir com a construção do lugar visitado.

É isso o que propõe Alter do Chão, com vivências em meio à floresta e propondo atividades como bioconstrução, biocosméticos e terapias alternativas.

O que fazer em Alter do Chão?

Além das praias de rio e da mais procurada Praia da Ilha do Amor, Alter do Chão tem florestas, como a Floresta Nacional do Tapajó, lagoas, canais, igarapés e oferece experiências incríveis com a comunidade local e com as que vivem ao seu redor.

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Foto: Tiago Silveira – MTUR

A famosa Ilha do Amor, na verdade, é uma faixa de areia branca entre o Lago Verde e o Rio Tapajós. Ela conta com boa infraestrutura, com quiosques e serviços, como aluguel de caiaques, e é rodeada por barcos.

Outra opção de passeio é fazer uma trilha pelo Morro da Piraoca, que oferece visão deslumbrante para a vila, seus lagos e o rio que a cercam. 

Uma das atrações imperdíveis em Alter do Chão é o chorinho tocado no Bar da Glória todas às sextas-feiras. No repertório, nunca falta o hino local. A letra resume bem o que se encontra neste destino:

“Em Alter-do-Chão não se sente dor

Tem um povo pobre, mas acolhedor

Por Deus foi criada a sua beleza

Suas praias lindas são da natureza

O seu lago verde é de admirar

A toda essa gente que vem visitar”

Nas segundas-feiras, o restaurante A Bôta oferece forró pé de serra instrumental aos visitantes. Às quintas-feiras, o Movimento Carimbó do Oeste do Pará promove a Quinta do Mestre. Uma oportunidade de desfrutar as atrações folclóricas locais e as comidas típicas da região, como o espetinho de pirarucu. 

O cupuaçu também é um dos sabores típicos locais. Você pode experimentar a fruta nutritiva em suco ou doces.

Foto: Leonide Principe

Outra coisa que você não pode deixar de provar é o açaí paraense, com sabor peculiar e bem diferente do de outras regiões do país. 

Nos restaurantes há uma vasta opção de peixes frescos com temperos típicos da região. 

Se visitar o local na época em que o nível do rio está alto, o turista perde as tantas opções de praias, mas ganha a opção de uma experiência única em meio à natureza. O passeio de canoa em meio à Floresta Encantada permite a observação de macacos, pássaros e bichos-preguiça em seu habitat natural, fora a beleza de toda a vegetação do local.

Dançando carimbó

E que tal aprender alguns passos novos? Em Alter do Chão, você encontra oficinas de carimbó. Esse ritmo amazônico é conduzido por um grande tambor que se toca com as pernas abraçadas no instrumento.

A dança em roda tem heranças de tradições indígenas, africanas e portuguesas. Ela teve início com os agricultores paraenses e foi ganhando toques de outras culturas até chegar ao formato atual.

As mulheres dançam com saias longas e esvoaçantes e os homens com camisas coloridas, que marcam a identidade visual da música folclórica, dançada preferencialmente de pés descalços e em chão de terra batido. 

Imersão pela cultura local nos arredores

Alter do Chão também oferece passeios de barco para diferentes comunidades que vivem ao seu redor.

Comunidade de Urucureá Foto: Leonide Principe

Em Urucureá, o visitante acompanha de perto a produção de peças de palha feitas artesanalmente que são exportadas para o mundo todo.

Também há outras comunidades como Anã e Atodi, onde é possível acompanhar a produção da farinha de mandioca e fazer um passeio pela floresta para conhecer as propriedades medicinais das plantas e frutos nativos da região. 

Um dos grandes diferenciais de Alter do Chão é justamente esse: o turista pode participar das atividades com as comunidades, o que permite uma vivência marcante para o visitante e contribui com os moradores locais.

Na comunidade do Macaco, por exemplo, são oferecidas oficinas de circo, bioconstrução, biocosméticos e terapias alternativas. 

Como chegar a Alter do Chão

Alter do Chão fica a 1.350 quilômetros da capital do Pará, Belém. O caminho mais próximo para chegar ao vilarejo é pelo Aeroporto de Santarém (STM), a 34 quilômetros de distância.

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Também é possível chegar a Santarém de barco pelo Rio Amazonas com saída de Manaus ou Belém. O trajeto levará duas noites, saindo de Manaus, ou três, a partir de Belém. 

Qual a melhor época para ir a Alter do Chão?

A melhor época para ir a Alter do Chão varia conforme o tipo de experiência buscada. O local vive dois momentos distintos conforme o nível em que se encontra o Rio Tapajós. De agosto a dezembro é período de desfrutar suas praias de água doce, pois o nível do Rio está baixo. 

A partir de janeiro até julho o nível do rio começa a subir até oito metros, o que faz com que as praias e a floresta fiquem submersas. Isso permite passeios de barco em meio às copas das árvores.

A procura de turistas costuma ser maior pelas praias, por isso a época de rio com nível baixo é mais disputada. Em setembro a procura por esse destino também aumenta por conta da Festa do Sairé e Festival dos Botos, atrações folclóricas e religiosas.

Quantos dias ficar em Alter do Chão?

Se você estiver na região é possível aproveitar o melhor de Alter do Chão em um feriado prolongado. Mas o ideal é ir com tempo para passar pelo menos uma semana no local.

Se você tiver mais dias para desfrutar do passeio, pode optar por ir ao local de barco partindo de Manaus ou Belém. Essa é uma excelente forma de começar a imersão no passeio.

Quanto custa uma viagem para Alter do Chão?

O valor de uma viagem a Alter do Chão varia bastante conforme o tipo de acomodação e de passeios que se deseja fazer. 

Há hotéis e pousadas mais luxuosos, mas também alguns mais simples, que reduzirão o custo da viagem. Além disso, os preços oscilam conforme o período procurado. Viajar na época em que o nível do rio está mais alto costuma ser mais em conta.

O preço da comida nos restaurantes também varia conforme o nível de sofisticação, mas, comparado a grandes centros, até os locais mais requintados têm preço acessível, com refeições a R$ 150 para duas pessoas. Mas é possível encontrar bons pratos amazonenses por R$ 30 por pessoa.

O custo mais alto é com as passagens aéreas para Santarém e é importante reservar uma quantia para os passeios de barco. 

Dica importante: A maioria dos passeios de barco e os estabelecimentos menores de Alter do Chão não aceitam cartão, por isso, é importante viajar com uma reserva para fazer pagamentos à vista. Mas não se preocupe, porque na vila há caixa eletrônico para saque.

Hora de arrumar as malas

Alter do Chão tem opções de passeios para todas as idades e gostos. Mas para curtir a viagem, é preciso estar em busca de sossego. 

O sinal de internet por lá é lento e nem todas as operadoras de telefonia pegam bem, por isso, é preciso estar disposto e preparado a reduzir o ritmo e tentar se desconectar um pouco do mundo virtual.

Há muitas opções de passeios aos arredores e é importante um roteiro personalizado que inclua os tipos de experiências que você quer ter na região.

Aqui na Viventialli organizamos tudo para você de acordo com as suas preferências. Fazemos todas as reservas, montamos toda a logística e damos assistência remota durante todo o seu passeio.

Entre em contato conosco e agende já o seu passeio. Você só terá de se preocupar em arrumar as malas e desfrutar dessa experiência única. Boa viagem!

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