Slow travel: Veja como 2020 mudou nossa forma de viajar 

Você certamente já fez alguma viagem muito corrida, em que queria conhecer tantos lugares em tão pouco tempo que nem conseguiu aproveitar nenhum deles como gostaria, não é mesmo? A slow travel é uma nova tendência de viagem que propõe exatamente o oposto disso. 

Neste novo conceito de viagem, a preocupação é maior com as experiências e a jornada como um todo, do que com o número de lugares a serem visitados. 

Neste texto, vamos explicar como surgiu esse conceito, quais os seus benefícios e dicas de como organizar a sua “viagem sem pressa”. 

O que é slow travel?

Slow travel foi o nome dado a uma forma de viajar diferente do modelo tradicional de seguir um roteiro turístico delimitado para um grande grupo com horários marcados para todos os seus compromissos.

Viajantes que optam por este modelo de viagem, se preocupam mais em fazer uma jornada personalizada, onde desfrutem com prazer e sem preocupação com o relógio lugares de acordo com o tipo de vivência buscada.

Esse termo foi inspirado no slow food, movimento que surgiu na Itália na década de 1980 contra a instalação da primeira unidade de uma rede de fast food em sua capital Roma. 

Geralmente se foge de alguns dos pontos tradicionais e se opta por experiências que permitam uma imersão maior na cultura local. Por exemplo, ao invés de visitar a Torre Eiffel, ir a um parque muito frequentado pelos moradores locais, com vista para o monumento, e fazer um piquenique com alimentos saborosos produzidos na padaria da esquina que apenas moradores locais conhecem. 

O objetivo é sentir a atmosfera de quem vive neste lugar. Esse conceito surgiu a partir do overtourism e pessoas que estavam cansadas de voltar de suas viagens exaustas e com a sensação de que foram a lugares incríveis, mas sem criar nenhuma vivência realmente marcante. 

Isso acontece, porque além da correria, viagens com um único roteiro para um grande grupo de pessoas tentam agradar um pouco a todos os gostos. Isso faz com que todos acabem fazendo passeios que, caso estivessem só, não incluiriam em sua jornada.

O que é overtourism?

Overtourism foi um termo criado para se referir a esse turismo que acaba influenciando negativamente a vida dos moradores locais. 

São tantos visitantes ao mesmo tempo em um único espaço, que isso causa um desequilíbrio e afeta a qualidade de vida da população: os moradores acabam se vendo obrigados a mudar de bairro ou região não só pelo volume de pessoas, mas também porque os preços dos aluguéis, produtos e serviços nos arredores desses pontos turísticos ficam inviáveis. 

Outro impacto do overtourism é que ele acaba “sufocando” pequenos negócios locais, que acabam engolidos por grandes empresas. Isso não só por conta do preço do aluguel, mas porque o custo de vida como um todo próximo a estes pontos fica muito caro e o público frequentador passa a ser só pessoas de fora.

Isso gera uma perda de identidade desses locais, que acabam sendo ocupados por empresas de fast food e lojas de souvenirs de empresários de fora e utilizados apenas por turismo. Assim, lugares como a banca de revistas e a floricultura da esquina, a padaria ou confeitaria de anos de tradição, entre outros, acabam se afastando para os bairros, pontos onde os turistas desse tipo de viagem deixam de visitar. 

Maioria dos turistas do mundo visitam os mesmos lugares

O overtourism também traz impactos ambientais. Esse termo surgiu em 2012 e ganhou popularidade em 2017, quando moradores de algumas regiões, como Barcelona, na Espanha,  começaram a protestar contra esse desequilíbrio. 

Um dos causadores desse efeito é que a indústria turística acaba incentivando sempre os mesmos lugares para se visitar. Pesquisa divulgada pela CNN, mostra que, em 2018, 36% das 1,4 bilhão de viagens internacionais realizadas no mundo tinham como destino 300 lugares, que estão entre as cidades mais populares. 

Outras questões que geram isso são destinos para para onde as passagens aéreas estão mais baratas, cotação das moedas locais versus a da moeda do viajante, períodos de férias, que concentram número maior de viajantes nos mesmos meses, entre outros.

Quais os benefícios de uma viagem slow travel?

Confira alguns benefícios de uma slow travel:

1 – Valorização de produtores locais

Ao optar por uma conexão mais profunda com a cultura local, os slow travelers valorizam o trabalho dos pequenos produtores, artesãos e negócios situados na região da viagem. 

Isso pode, por exemplo, significar ficar hospedado na casa de um morador local, comer em restaurantes menores que costumam atender os moradores da cidade e comprar produtos em pequenas lojas de nativos ao invés de em grandes redes, movimentando a economia local.  

2 – Contribuir com a sustentabilidade

Imagine que de uma hora para outra sua casa passe a ter 10 vezes o número de moradores que tem hoje. Isso geraria muito mais lixo, consumo de água, energia e, provavelmente, geraria um caos, porque seu espaço não foi adaptado para este grande volume de visitantes.

Assim funciona com o ambiente de qualquer espaço turístico que receba multidões de uma vez só, o que aumenta também a poluição. 

Ao fugir destes cenários, os slow travelers também contribuem para um modo de vida mais sustentável e sem grandes impactos para quem mora no lugar onde você está visitando. Isso também é uma forma de fazer um turismo responsável

3 – Mais segurança durante a pandemia

Esse conceito de viagem ganhou ainda mais popularidade durante a pandemia de Covid-19. Ficar no meio de multidões e locais lotados se tornou perigoso para a saúde.

Por isso, quem não conseguiu ficar sem viajar optou por um turismo de isolamento e já começou a sentir o gostinho desse tipo de viagem.

Optar por mais passeios a céu aberto, roteiros únicos e fugir dos conglomerados, permitem que você aproveite melhor o seu momento, com a calma que uma slow travel pode proporcionar. 

4 – Menor custo

Todo mundo sabe que lugares feitos para turistas são mais caros do que o habitual. Por isso, não costumam ser visitados por moradores locais.

Além disso, pontos turísticos conhecidos costumam cobrar entradas cujos valores pesam no bolso. Por isso, optar por rotas alternativas e, se possível, viajar fora do período de alta temporada ou buscar destinos menos visados, tornará a sua viagem mais econômica. 

5 – Maior imersão

Uma viagem em ritmo mais lento proporciona uma imersão maior na cultura local. Você pode ir a uma feira e conversar com moradores e produtores locais, por exemplo, conhecer artistas da região, fazer um passeio em uma fazenda e conhecer histórias de famílias que se mantêm naquele espaço há várias gerações.

Certos lugares também estão repletos de histórias, mas nesse tipo de viagem você terá uma imersão nas tradições locais, conhecerá realidades diferentes e aprenderá coisas novas. 

São trocas que marcam para o resto da vida e agregam mais valor cultural à sua bagagem.  

Dicas para praticar slow travel

Para uma primeira viagem como slow traveler a dica é começar pela escolha de um destino com um ritmo mais calmo, procure preferencialmente destinos que não sejam metrópoles.

Para o trajeto, procure meios menos estressantes, como voos com menos escalas, viagens de trem onde você possa apreciar lindas vistas durante a jornada. No local, opte por passeios que você possa fazer a pé ou até de bicicleta para contemplar os cenários.

Procure programações típicas, como uma feira local, show cultural, festivais típicos locais. Para a programação, foque nas experiências que gostaria de vivenciar, lugares por onde pretende passear, mas não se aprisione em um roteiro com horários marcados. 

Neste tipo de viagem o que importa é visitar lugares sem pressa, estar aberto para aproveitar os imprevistos e os achados de viagem, que são aqueles lugares ou descobertas que não estavam em nenhum guia turístico.

Outra dica de ouro é: prepare-se para diminuir o ritmo e aprenda a apreciar o silêncio, os momentos, esteja aberto a conversar com as pessoas e contemplar tudo ao ser redor. Isso permitirá uma jornada única.

Como fazer uma viagem slow travel?

Conforme explicado, slow travel é uma forma de se viajar. O primeiro passo para isso é fugir dos roteiros tradicionais de viagem e organizar a sua viagem você mesmo, conforme o tipo de experiência que você deseja.

Mas sabemos que para algumas pessoas organizar a própria viagem, mesmo que num ritmo lento, pode se tornar estressante, já que não há tempo ou pela falta de conhecimento sobre lugares.

Por isso, montamos roteiros personalizados para que você só se preocupe em nos dizer que tipo de experiência quer ter e em arrumar as malas e se deslocar. 

A Viventialli funciona assim:

  • Você entra em contato conosco e fala sobre as suas preferências pessoais e expectativas.
  • Com estas informações, elaboramos o orçamento da viagem com os detalhes sobre o transporte e acomodações no seu destino.
  • O passo seguinte é montarmos o planejamento do seu dia a dia com sugestões de passeios, restaurantes, eventos e experiências únicas para a sua escolha.
  • Você não precisa se preocupar com reservas, compras de bilhetes ou vouchers. Nós organizamos tudo e enviamos para a sua casa junto com algumas surpresas.
  • Você conta com suporte 24 horas para emergências até a sua volta para casa. 

Entre em contato conosco pelo site ou pelo Whatsapp e agende já a sua viagem!

 

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